ALIMENTAÇÃO - VEGETARIANISMO


É objetivo do Ceeas, também, difundir nos diversos segmentos da sociedade a importância da alimentação ovo-lacto-vegetariano e abstinência de vícios tais como: álcool, fumo e demais drogas; tentando contribuir para um melhor esclarecimento do tema, apresentamos a seguir uma abordagem sobre Vegetarianismo, focando aspectos científicos, filosóficos e Espiritual.

“O Homem é Aquilo que ele come”

Capítulos:

- Uma visão científica-filosófica

- A composição dos alimentos

- Visão filosófica espiritual

- Frases para reflexão

- Dicas

 

 

UMA VISÃO CIENTIFICA-FILOSÓFICA

Nosso alimento é o ar, a água, o sol, os produtos da terra e tudo aquilo que nos rodeia.
Quanto maior o nosso contato direto com a natureza e quanto mais comemos alimentos ricos em substâncias vivas, mais nosso corpo se torna belo, forte e flexível, mais nossa vida efetiva se liberta das emoções, que nos amarram (medos, julgamentos, raiva, frustrações etc.), mais nossa mente se liberta de suas limitações, mais nossa vida espiritual desabrocha.
O Homem não é apenas o corpo físico e a saúde integral pressupõe uma coerente cadeia de atividades: reto pensar, amoroso sentir e alegre agir; hoje, temos plena consciência de como os pensamentos, emoções, influenciam na saúde e felicidade do ser humano; o cuidado e a escolhas de alimentos, a sábia restrição, de modo a evitar comer exageradamente e um pouco de bom alimento perfeitamente assimilado, é tudo o que necessitamos para assegurar a atividade e demonstrar a capacidade de aceitarmos e amarmos a nós mesmo.
Em todos os reinos, a nutrição varia conforme a delicadeza e a sensibilidade das espécies; enquanto o verme se alimenta no sub-solo, o beija-flor se alimenta com o néctar das flores.
Assim o homem também considerado mais aperfeiçoado e evoluído que o animal de racionalidade inferior, deve alimentar seus corpos corretamente, para que o seu físico esteja apto para um trabalho consciente, livre de toxinas, “doenças” e que seus corpos se harmonizem e conquiste a Energia necessária à realização de seus ideais.

Os alimentos podem ser classificados em 4 grupos de acordo com a energia vital que transmitem ao nosso corpo:

•  Biogênicos – alimentos que geram vida : são a base ideal da nossa alimentação, são os germes e os brotos dos grãos dos cereais, das leguminosas, das ervas e das hortaliças, pois são ricos em substâncias que reforçam a vitalidade das nossas células e permitem a regeneração constante ( vitaminas, minerais, oligoelementos, aminoácidos, enzimas, hormônios vegetais,etc.).

•  Bioativos – alimentos que ativam a vida : são alimentos vivos destinados pela natureza a assegurar a vida e o bem estar do ser humano. Seu consumo traz vitalidade e energia em qualquer idade. São as frutas, ervas, hortaliças, cereais e nozes; são consumidos maduros, crus, bem frescos; os cereais são moídos e deixados de molho em água.  

•  Bioestáticos – Alimentos que diminuem a vida : são os alimentos que a energia vital foi diminuída pelo tempo (alimentos crus estocados pelo frio, refrigeração, congelamento; ou pelo calor do cozimento). Seu consumo garante o funcionamento mínimo do nosso organismo mas provoca o envelhecimento das células, porque não fornecem as substancias vivas necessárias à regeneração.

•  Biocídicos – Alimentos que destroem a vida : são alimentos cuja energia vital foi destruída por processos físicos ou químicos de refinação, conservação ou preparo. Envenenam pouco a pouco as células do corpo com substâncias nocivas. Foram inventados pelo homem. Qualquer produto químico colocado nos alimentos mesmo em doses pequenas é tóxico. Eles paralisam o instinto alimentar, perturbam a assimilação e bloqueiam a eliminação.  

É o grau de vitalidade que contam, por exemplo: o trigo germinado é biogênico, os grãos do trigo cru deixados de molho em água são bioativos; cozido ele é dioestático e se tratados com conservantes químicos torna-se biocídico. A fruta colhida madura é bioativa; cozida é bioestática e conservada com agentes químicos torna-se biocídica.
Nosso corpo foi feito para funcionar com os elementos vivos contidos nos alimentos naturais.
É Adequado consumirmos de 70 a 80% de alimentos vivos e desta forma poderemos metabolizar de 20 a 40% de alimentos bioestáticos, sem dificuldade ou prejuízo ao nosso funcionamento orgânico.
Consumimos em grande quantidade, os alimentos cuja força vital foi destruída, fazem o organismo trabalhar muito para se desintoxicar e mobilizam durante horas o sistema imunológico; esta estimulação pode ser agradável, já que provoca uma breve euforia, mas é seguida de um intenso cansaço. Pouco a pouco de tanto nos estimularmos artificialmente, descarregamos nossa bateria de energia vital e ficamos vulneráveis, físico-emocional e mentalmente.

Fomos habituados a não levar em conta o instinto alimentar ; reaprendendo a se alimentar e redescobrindo os alimentos vivos, voltamos a encontrá-lo. Não devemos modificar bruscamente os nossos hábitos, mas substituir certos alimentos desnaturados por outros mais ricos em energia vital, para ir adaptando o organismo e “criando” consciência desta transformação que estará ocorrendo internamente; desta forma gradualmente passamos a perceber o nosso organismo e a mensagem que nos dá. Cada um deve explorar pouco a pouco novas maneiras de se alimentar, baseados nas necessidades do próprio corpo e não em condicionamentos sociais e pressões das industrias de alimentos.

A COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS

Glicídios : os hidratos de carbono compreendem o conjunto de açúcares complexo que são reduzidos pela digestão a açúcares simples. Absorvidos pelo intestino delgado e transportados para o sangue, os açúcares fornecem combustível que faz funcionar o metabolismo das células. São encontrados nas frutas, hortaliças, leguminosas, féculas, nozes (oleaginosas), nos cereais e grãos. Após a refinação da cana-de-açúcar temos o açúcar branco, cujo uso provoca numerosos problemas: paralisa a imunidade natural e favorece a proliferação de bactérias nocivas, ele é absorvido muito depressa pelo intestino delgado e causa brusca elevação das taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia), causando inicialmente excitação psíquica e física, e posteriormente diminuição da taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia). Para neutralizar o açúcar branco, o organismo mobiliza suas reservas de cálcio em detrimento dos ossos e dentes, que cada vez se tornam mais frágeis. Podemos consumir o mel ou melaço de cana que contém em proporção ideal os minerais, enzimas e vitaminas necessárias ao metabolismo.

Lipídios : os lipídios (gorduras) são reduzidos a ácidos graxos pela digestão, absorvidos pelo intestino delgado transportados para o sangue e levados como combustível às células. São encontrados nas leguminosas, féculas, cereais, nozes e grãos. A hidrogenação é um processo industrial em que gorduras e óleos são submetidos a alta temperatura, depois refrigerados, aquecidos novamente, emulsificados e estabilizados quimicamente, descorados e recoloridos artificialmente. Devemos usar óleos e gorduras, extraídos a frio, não misturados a agentes químicos e industriais. As gorduras de origem animal contém ácidos graxos saturados e são grandes responsáveis pelo aumento das doenças cárdio vasculares, câncer e doenças degenerativas.

Proteínas : são princípios de construção e regeneração, possuindo além disso uma ação dinâmica e específica, capaz de intensificar o metabolismo. Existem proteínas vegetais encontradas nas hortaliças, leguminosas, féculas, cereais, grãos, levedo, nozes, cogumelos, etc. Submetidos ao processo digestivo as proteínas precisam ser divididas em aminoácidos no intestino delgado. Os aminoácidos são absorvidos pelas células da parede intestinal e levados pelo sangue até as células que as utilizam para fabricar suas próprias proteínas. Conhecem-se 22 aminoácidos, dos quais 10 são imprecindíveis à vida. Com uma alimentação variada proveniente do reino vegetal é impossível que faltem aminoácidos essenciais. Os produtos animais não são necessários para a vida humana. Uma alimentação equilibrada pode perfeitamente fornecer ao organismo os aminoácidos que precisam.

Vitaminas-Minerais-oligoelementos-Enzimas : nos alimentos oferecidos pela natureza encontramos em pequenas quantidades, as substâncias indispensáveis às funções: vitaminas, minerais, oligoelementos, enzimas e complexos biológicos, que se complementam para garantir o melhor desempenho de cada um deles e do funcionamento celular. As enzimas são destruídas pelo cozimento: a alimentação pobre em alimentos crus priva o corpo de enzimas que ele precisa para digerir bem e despoluir constantemente as células. Grande quantidade não garante qualidade. Ingerindo comida de grande energia vital desaparece a necessidade de grande quantidade. Os alimentos que geram vida e os que ativam são muito importantes para corrigir problemas provocados por anos de alimentação desnaturada. Os sucos de frutas e de hortaliças quando espremidos na hora de tomar são ricos em vitaminas, minerais, oligoelementos e enzimas. UMA

VISÃO FILOSÓFICA ESPIRITUAL

A vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Nosso corpo material está envolto em corpos mais sutis que necessitam de alimento (energia) para manterem-se harmônicos com a humanidade e a Lei Cósmica. Temos o dever de mantermo-nos vivos, cuidando de nossos corpos atentamente e libertar almas escravizadas à matéria; devemos cooperar para sanidade da vida em todas as suas expressões.
Toda a natureza se dispõe a trabalhar doando o que é necessário a uma alimentação natural e sadia; a alimentação vegetariana equilibrada é poderosa auxiliar para a reorganização dos nossos corpos, oportunizando mudanças coerentes com o impulso interno.
Os vegetais quando maduros doam-se para nós e neste ato ele evolui e se eleva; daí que ao alimentarmo-nos deles contribuímos para o desenvolvimento do reino vegetal.
Os vegetais mantém-se fixados na terra e por isso mesmo absorvem e não dispersam energia que é transferida às células do nosso corpo quando os ingerimos.
O Mestre Jesus não descuidava da sua natureza divina; situado num mundo conturbado e agressivo, a alimentação vegetariana e o jejum eliminavam os resíduos astrais perturbadores do veículo intermediário entre o plano espiritual e o físico. Ele ressaltou o supremo valor do Espírito e da Matéria, assim como a necessidade da purificação interior, não deixando qualquer dúvida sobre a importância da alimentação.
O vegetarianismo, é prática muito antiga, salientado nos fundamentos das grandes religiões. As Escolas de Mistérios do Egito e da Grécia salientaram a purificação, incluindo a prática vegetariana, bem como Hipócrates, o Pai da Medicina. São vegetarianos os budistas, hinduístas, jainistas, as comunidades cristãs primitivas como os essênios, nazarenos, terapeutas, gnósticos e outras ordens, como os trapistas da França. Platão, Plotino, Porfírio e os neoplatônicos defendiam o vegetarianismo.
Para o aperfeiçoamento do corpo humano com vistas à realização espiritual, verdadeira finalidade de nossa existência, os vegetais são totalmente adequados. É um alimento de propriedades que favorecem a harmonia, o equilíbrio, o ritmo e a perseverança que o espírito busca. A compaixão, qualidade inerente ao florescer espiritual, também inclui os vegetais. Por tudo isso ou, simplesmente, pelo motivo mais pessoal, porém legítimo de ter uma vida mais saudável, os vegetais são, invariavelmente aconselhados.

FRASES PARA REFLEXÃO

“Amemos os animaizinhos, nossos irmãos na escala menor, pois, aqueles que não amam os menores não podem amar os maiores. O Criador não vê diferença entre os grandes e os pequeninos”

“ O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo”

DICAS  

Bibliografia:

Dr. Soleil – Você sabe se alimentar?
Dr. Soleil _ Você sabe se desintoxicar?
Dr. Bontempo, M. – Medicina Natural Fernandes,
P.A.L – Mensagens Cósmicas Fernandes,
P.A.L – Toda vida é Sagrada Revista ComTAPS 6 e 18

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